ATI DA CÁRITAS DIOCESANA DE ITABIRA FINALIZA MUTIRÃO DE ACOLHIDA E REGISTRO DE DEMANDAS

A atividade ocorreu entre os dias 23 a 28 de agosto nas comunidades onde a Assessoria Técnica Independente atua.

Mutirão na comunidade de Baixa Verde (Dionísio). Foto: Pedro Caldas/Cáritas Diocesana de Itabira.

Em um esforço contínuo para garantir a participação informada dos atingidos e atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, bem como ouvir as necessidades das comunidades, a Frente de Demandas realizou uma série de atividades de acolhida e registro de demandas nas comunidades de Baixa Verde (Dionísio), Córrego Preto e comunidades do entorno (Rio Casca),   Cordeiro de Minas (Caratinga) e em Córrego do Mantimento (Córrego Novo), com uma grande participação das pessoas atingidas.

“Desde o mês de abril, a Cáritas Diocesana de Itabira vem registrando demandas das pessoas atingidas de todos os territórios.  Todo esse registro vem num crescente junto às OPCs e Assembleias”, explica Karina Leão, coordenadora da equipe Psicossocial da ATI Cáritas Diocesana de Itabira.

A Frente de Demandas é um trabalho em conjunto entre diversas áreas temáticas da ATI da Cáritas Diocesana de Itabira. Nelas, são realizadas escutas especializadas e individuais dos atingidos e atingidas onde eles e elas podem contar um pouco mais sobre suas perdas e  danos, receber orientações  sobre canais de registro de dúvidas e reclamações andamento dos processos coletivos, solicitar informações sobre a reparação integral ou sobre os caminhos para acessar o andamento da ações anteriores à chegada da Cáritas, como é o caso do Novel, PIM, Ação da Inglaterra, AFE e outras medidas indenizatórias.

Foto: Pedro Caldas/Cáritas Diocesana de Itabira.

Nesse sentido, sendo um espaço de escuta e registro dos danos ao longo dos quase oito anos do rompimento da barragem, dentre as principais demandas também estão a contaminação da água, bem como a saúde física e mental das pessoas atingidas.

Segundo Jean Anderson Dias, atingido residente na comunidade de Baixa Verde em Dionísio, o mutirão é um espaço importante para esclarecer algumas dúvidas, “como não tinha acesso a informação e não tinha respostas sobre o andamento do processo, e que o mutirão serviu para encontrar as respostas. Para ele  o mutirão teve bons pontos positivos na comunidade, tem muitas pessoas que não têm acesso à informação, muitas tem dificuldade para se comunicar com advogado, com esta ação da Cáritas ficou muito mais fácil entender e saber de tudo”, explica.

Já Eliane Gomes Medeiros, atingida residente na comunidade de Baixa Verde em Dionísio, este momento foi muito bom para tirar dúvidas do coletivo. “é importante para que toda comunidade fique ciente do que está acontecendo”, aponta.

Foto: Pedro Caldas/Cáritas Diocesana de Itabira.

Durante os mutirões, as equipes realizaram os atendimentos de registro de demandas de mais de 350 atingidos e atingidas. A  atividade faz parte das ações previstas no plano de trabalho e que estão sendo executadas pela ATI Cáritas Diocesana de Itabira nos territórios 01 e 02.

“A grande importância dessa ação é ouvir os atingidos e atingidas nas suas diversas dúvidas  e tentar de maneira coletiva ou individual dar respostas às suas angústias e, mesmo que ainda não consigamos dar respostas a todas as perguntas, a ATI busca levar informação qualificada e de qualidade às pessoas que ainda não foram ouvidas ou sequer foram reconhecidas como pessoas atingidas.”, conclui Karina Leão.

 

Foto: Pedro Caldas/Cáritas Diocesana de Itabira.

Através desses mutirões, a  ATI da Cáritas de Itabira está promovendo a participação ativa das pessoas atingidas, fornecendo informações de e apoio em um esforço contínuo para lidar com as consequências do rompimento da barragem e contribuir no processo de luta da reparação.

Quer saber mais? Continue acompanhando as atividades da Cáritas Diocesana de Itabira através das nossas redes.

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